Declaração de reprovação ao corte de verba do esporte brasileiro

O SINDICLUBES vem, por meio desta nota oficial, declarar total repúdio à Medida Provisória, editada pelo Governo Federal, que altera a Lei nº 9.615/1998, mais conhecida como Lei Pelé. Se aprovada, grande parte da verba destinada à fomentação do esporte nacional será transferida para a segurança pública, deixando grandes buracos em um belíssimo trabalho realizado pelo Comitê Brasileiro de Clubes – CBC, ao investir em agremiações que formam atletas olímpicos e paralímpicos.

É notório que o nosso país precisa de aperfeiçoamento na segurança e não colocamos os nossos clubes e atletas acima disto, só não podemos aceitar que a melhoria de um signifique o retrocesso do outro. Em época de Copa do Mundo, um dos maiores e mais importantes eventos esportivos realizados, o desporto brasileiro vive um cenário de incertezas e está prestes a sofrer um dos golpes mais duros de sua história.

Nos últimos Jogos Olímpicos, realizados em solo nacional, cerca de 80% dos atletas que representaram o Brasil eram formados por instituições esportivas e associativas. Muito mais do que revelar grandes nomes e fazer parte de grandes conquistas, os clubes também auxiliam na qualidade de vida e integração dos jovens, dando-lhes a esperança de um futuro melhor.

Estamos, aos poucos, estruturando e enriquecendo nosso esporte para que nos tornemos uma das grandes potências mundiais. Minar o financiamento dado a clubes, confederações (FENACLUBES), ministérios e secretarias significa, consequentemente, o fim de diversos projetos e campeonatos de base, feitos justamente para tornarem nossos atletas mais competitivos e melhorar seus desempenhos.

A alteração da MP ainda pode ocorrer enquanto é discutido, na Comissão do Esporte da Câmara, um Projeto de Lei que visa rediscutir a divisão dos recursos das loterias que chegam ao esporte, já pensando no Ciclo Olímpico de 2020. É inadmissível que, às vésperas de mais uma edição da Olimpíada, o segmento clubístico seja lesado desta forma. Os prejuízos, tanto atuais quanto futuros, serão imensos e podem destruir o sonho de um futuro brilhante para o esporte brasileiro.

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